Panteão

DEUS DAGDA

Etimologia: O Bom Deus

Funções: Deus do conhecimento, da música e literatura
...
Responsabilidade: Conhecimento

Conjuges: Boann

Filhos: Angus (Boann) - Brighid - Ogma (Danu)

É dado que a mitologia gala contém mais de cem deidades, a variedade está assegurada. Isto é, que ao lado dos anteriores, considerados pelos narradores de mitos como sanguinários, existem outros de características radicalmente opostas.

Dagda era conhecido pelo atributo do caldeirão da abundância. Entre os celtas, o caldeirão era um dos objetos carregados de simbolismo mágico e mítico, pois no seu fundo se guardavam as essências do saber, da inspiração e da extraordinária taumaturgia, com o qual alimentava todas as criaturas. E não só ficavam satisfeitos de forma material, mas também, os que acudiam ao caldeirão generoso de Dagda, sentiam saciadas as suas apetências de conhecimento e sabedoria.

Outra qualidade do deus Dagda era a sua relação direta com a música e com o seu poder evocador. Um dos seus atributos era precisamente a harpa, instrumento que manejava com habilidade e arte e que lhe servia para convocar as estações do ano. Arrancava também tão suaves melodias deste instrumento que muitos mortais passavam deste mundo para o outro como num sonho, e sem sentir dor alguma, sem sequer repararem nisso.

De certa forma similar ao Júpiter romano, apesar de não se encontrar, como este, somente na cúpula do Olimpo, ele é Eochaid U Oathair, mais conhecido pelo apelido de Dagda, "o bom deus". Trata-se de uma divindade poderosa e um tanto bonachona representada principalmente por um grande martelo - o que o tomou parecido com o gaulés Sucellos, literalmente "aquele que golpeia duro" com seu martelo - e as vezes por uma lança mágica de duas pontas: com uma matava e com a outra era capaz de ressuscitar os mortos. Essa capacidade também foi atribuída a ser caldeirão mágico, no qual banhava durante a noite os guerreiros mortos em batalhas durante o dia para que recuperassem a vida ao amanhecer do dia seguinte. O mesmo caldeirão era fonte inesgotável de alimentos para suas tropas.

Da união de Dagda com Boann, a mulher do deus das águas, Nechtan, nasceu Angus, ou Mac Og. Ele é o mais parecido com um deus do amor que podemos encontrar entre os celtas. Mais tarde, sua mãe violou a proibição de visitar a fonte de Nechtan e, em conseqüência disto, apareceu afogada. Og metamorfoseou-se com o objetivo de se transformar no Boyne, o rio-modelo da mitologia irlandesa.
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DEUS DAGDA

Etimologia: O Bom Deus

Funções: Deus do conhecimento, da música e literatura

Responsabilidade: Conhecimento

Conjuges: Boann

Filhos: Angus (Boann) - Brighid - Ogma (Danu)

É dado que a mitologia gala contém mais de cem deidades, a variedade está assegurada. Isto é, que ao lado dos anteriores, considerados pelos narradores de mitos como sanguinários, existem outros de características radicalmente opostas.

Dagda era conhecido pelo atributo do caldeirão da abundância. Entre os celtas, o caldeirão era um dos objetos carregados de simbolismo mágico e mítico, pois no seu fundo se guardavam as essências do saber, da inspiração e da extraordinária taumaturgia, com o qual alimentava todas as criaturas. E não só ficavam satisfeitos de forma material, mas também, os que acudiam ao caldeirão generoso de Dagda, sentiam saciadas as suas apetências de conhecimento e sabedoria.

Outra qualidade do deus Dagda era a sua relação direta com a música e com o seu poder evocador. Um dos seus atributos era precisamente a harpa, instrumento que manejava com habilidade e arte e que lhe servia para convocar as estações do ano. Arrancava também tão suaves melodias deste instrumento que muitos mortais passavam deste mundo para o outro como num sonho, e sem sentir dor alguma, sem sequer repararem nisso.

De certa forma similar ao Júpiter romano, apesar de não se encontrar, como este, somente na cúpula do Olimpo, ele é Eochaid U Oathair, mais conhecido pelo apelido de Dagda, "o bom deus". Trata-se de uma divindade poderosa e um tanto bonachona representada principalmente por um grande martelo - o que o tomou parecido com o gaulés Sucellos, literalmente "aquele que golpeia duro" com seu martelo - e as vezes por uma lança mágica de duas pontas: com uma matava e com a outra era capaz de ressuscitar os mortos. Essa capacidade também foi atribuída a ser caldeirão mágico, no qual banhava durante a noite os guerreiros mortos em batalhas durante o dia para que recuperassem a vida ao amanhecer do dia seguinte. O mesmo caldeirão era fonte inesgotável de alimentos para suas tropas.

Da união de Dagda com Boann, a mulher do deus das águas, Nechtan, nasceu Angus, ou Mac Og. Ele é o mais parecido com um deus do amor que podemos encontrar entre os celtas. Mais tarde, sua mãe violou a proibição de visitar a fonte de Nechtan e, em conseqüência disto, apareceu afogada. Og metamorfoseou-se com o objetivo de se transformar no Boyne, o rio-modelo da mitologia irlandesa.
 
 
DANU A GRANDE MÃE DOS CELTAS

Segundo uma lenda, Dana (ou Danu) nasceu em um Clã de Dançarinos que viviam ao longo do rio Alu. Seu nome foi escolhido por sua avó, Kaila, Sacerdotisa do Clã. Foi ela que sonhou com uma barca carregando seu povo por mares e rios até chegarem em uma ilha, onde deveriam construir um Templo, para que a paz e a abundância fossem asseguradas. Ao despertar, Danu relatou seu sonho ao conselho e a grande viagem começou então a ser planejada.

Também conhecida como Danu, é a maior Deusa Mãe da mitologia celta. Seu nome "Dan", significa conhecimento, tendo sido preservada na mitologia galesa como a deusa Don, enquanto que outras fontes equipararam-na à deusa Anu. Na Ibéria, a divindade suprema do panteão celta é considerada a senhora da luz e do fogo. Era ela que garan...tia a segurança material, a proteção e a justiça. Dana ou Danu também é conhecida por outros nomes: Almha, Becuma, Birog, ou Buan-ann, de acordo com o lugar de seu culto.

O "Anuário da Grande Mãe" de Mirella Faur, nos apresenta o dia 31 de Março como o dia de celebrar esta deusa da prosperidade e abundância. Conta ainda, que os celtas neste dia, acreditavam que dava muito azar emprestar ou pegar dinheiro emprestado, por prejudicar os influxos da prosperidade. Uma antiga, mas eficaz simpatia, mandava congelar uma moeda, fazendo um encantamento para proteger os ganhos e evitar os gastos.

Os descendentes da Dana e seu consorte Bilé (Beli) eram conhecidos como os "Tuatha Dé Dannan" (povo da Deusa Dana), uma variação nórdica de Diana, que era adorada em bosques de carvalhos sagrados.O nome "Dana"é derivado da Palavra Céltica Dannuia ou Dannia. É significativo que o rio Danúbio leve seu nome, pois foi no Vale do Danúbio, que a civilização Celta se desenvolveu. A ligação Celta com o vale do rio Danúbio também é expressa em seu nome original. "Os filhos de Danu", ou "Os filhos de Don".

Dana é irmã de Math e seu filho é Gwydion. Sua filha é Arianrhod, que tem dois filhos, Dylan e Llew. Os dois outros filhos de Dana são Gobannon e Nudd.

É certo que Dana deveria ser considerada a Mãe dos Deuses, depois de ter lhes dado seu nome. Há várias interpretações do seu nome, sendo que uma delas é "Terra Molhada" e a mais poética é "Água do Céu".

Danu é uma das Dea Matronae da Irlanda e a Deusa da fertilidade. Seu símbolo mágico é um bastão.

Seu personagem foi cristianizado na figura de Santa Ana, mãe da Virgem Maria, pois sua existência é proveniente de uma antiga divindade indo-européia. Também é conhecida na Índia, como o nome de "Ana Purna" e em Roma toma o nome de "Anna Perenna".
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DANU A GRANDE MÃE DOS CELTAS

Segundo uma lenda, Dana (ou Danu) nasceu em um Clã de Dançarinos que viviam ao longo do rio Alu. Seu nome foi escolhido por sua avó, Kaila, Sacerdotisa do Clã. Foi ela que sonhou com uma barca carregando seu povo por mares e rios até chegarem em uma ilha, onde deveriam construir um Templo, para que a paz e a abundância fossem asseguradas. Ao despertar, Danu relatou seu sonho ao conselho e a grande viagem começou então a ser planejada.

Também conhecida como Danu, é a maior Deusa Mãe da mitologia celta. Seu nome "Dan", significa conhecimento, tendo sido preservada na mitologia galesa como a deusa Don, enquanto que outras fontes equipararam-na à deusa Anu. Na Ibéria, a divindade suprema do panteão celta é considerada a senhora da luz e do fogo. Era ela que garantia a segurança material, a proteção e a justiça. Dana ou Danu também é conhecida por outros nomes: Almha, Becuma, Birog, ou Buan-ann, de acordo com o lugar de seu culto.

O "Anuário da Grande Mãe" de Mirella Faur, nos apresenta o dia 31 de Março como o dia de celebrar esta deusa da prosperidade e abundância. Conta ainda, que os celtas neste dia, acreditavam que dava muito azar emprestar ou pegar dinheiro emprestado, por prejudicar os influxos da prosperidade. Uma antiga, mas eficaz simpatia, mandava congelar uma moeda, fazendo um encantamento para proteger os ganhos e evitar os gastos.

Os descendentes da Dana e seu consorte Bilé (Beli) eram conhecidos como os "Tuatha Dé Dannan" (povo da Deusa Dana), uma variação nórdica de Diana, que era adorada em bosques de carvalhos sagrados.O nome "Dana"é derivado da Palavra Céltica Dannuia ou Dannia. É significativo que o rio Danúbio leve seu nome, pois foi no Vale do Danúbio, que a civilização Celta se desenvolveu. A ligação Celta com o vale do rio Danúbio também é expressa em seu nome original. "Os filhos de Danu", ou "Os filhos de Don".

Dana é irmã de Math e seu filho é Gwydion. Sua filha é Arianrhod, que tem dois filhos, Dylan e Llew. Os dois outros filhos de Dana são Gobannon e Nudd.

É certo que Dana deveria ser considerada a Mãe dos Deuses, depois de ter lhes dado seu nome. Há várias interpretações do seu nome, sendo que uma delas é "Terra Molhada" e a mais poética é "Água do Céu".

Danu é uma das Dea Matronae da Irlanda e a Deusa da fertilidade. Seu símbolo mágico é um bastão.

Seu personagem foi cristianizado na figura de Santa Ana, mãe da Virgem Maria, pois sua existência é proveniente de uma antiga divindade indo-européia. Também é conhecida na Índia, como o nome de "Ana Purna" e em Roma toma o nome de "Anna Perenna".
 
KERRIDWEN - SENHORA DO CALDEIRÃO DA TRANSFORMAÇÃO

Para os galeses, Cerridwen é uma Deusa Tríplice (donzela, mãe e mulher idosa), cujo animal totêmico é uma grande porca branca. Ela é a mãe que conserva todos os poderes da sabedoria e do conhecimento. É ao mesmo tempo Deusa parteira e dos mortos, pois o mesmo poder que leva as almas para a morte, traz a vida. De seu ventre parte toda a vida e a vida provém da morte. Do interior de seu caldeirão emanam porções, com as quais Cerridwen comanda a sincronicidade de todo o Universo e intervém nos assuntos humanos para auxiliar seus adoradores.
Seu aspecto caracterizado em corpo de uma velha, representa o conhecimento de todos os mistérios que só a idade e a experiência podem proporcionar. Ela é a Deusa que devemos reverenciar nos momentos de dificuldades e anulação de qualquer tipo de malefício. Ela é a Deusa do caos e da paz, da harmonia e da desarmonia.
Deusa da lua, dos grãos, da natureza. A porca branca comedora de cadáveres representando a Lua. Associa-se a morte, a fertilidade, a inspiração, a astrologia, as ervas, os encantamentos, o conhecimento...
Conta-se que Cerridwen, com a bebida de seu caldeirão transformava um homem comum em um rei. Sua história vem do País de Gales medieval e se encontra escrita em "The Mabinogi” (1977) de Patrick K. Ford. Cerridwen, viveu à margem de Llyn (lago), casada com Tegid Foel,com quem teve dois filhos. Um era belo, mas o outro muito feio, chamado de "Morfran" (grande corvo). Pensou então que o único remédio contra esta adversidade, seria torná-lo sábio. Para tanto, ela juntou ervas e fez para ele uma poção mágica. Demorou um ano e um dia para terminar a tal poção. Gwion, seu assistente estava encarregado de vigiar o fogo e a poção, mas foi advertido para não bebê-la. Entretanto, quando três gotas a poção saltaram do caldeirão, Gwion empurra o filho de Cerridwen e as bebe. Instantaneamente, ele possuía a sabedoria do mundo, sabia até mesmo que Cerridwen tinha a intenção de matá-lo. Ele fugiu e ela foi atrás dele, no que se chamou de "Caçada Mágica".
Gwion transformou-se em uma lebre e Cerridwen em um cão, transformou-se então em um salmão e ela em uma lontra. Por último transforma-se em um grão de trigo, mas a Deusa em corpo de uma galinha o come. Nove meses mais tarde Cerridwen deu à luz em Taliesin, o maior dos Trovadores Celtas. Depois de tê-lo em seu seio, não conseguiu mais matá-lo. Ela então o coloca a deriva em uma barca coberta.
Elphin, filho de um rico proprietário de terras, salvou o bebê e lhe deu o nome de Taliesin (semblante radiante). A criança reteve todo o conhecimento e sabedoria adquiridos pela poção e tornou-se um importante e talentoso Bardo.

Quando Gwyon bebe as três gotas proibidas, tem a visão perfeita da divindade representada pos Cerridwen. Assim, é perseguido e castigado pela Deusa, que acaba engolindo-o. Dito castigo é a tradução culpabilizada da repercussão do do conhecimento: Gwydion Bach não pode suportar a visão do mundo imperfeito, e de alguma maneira se encontra exilado no mundo da relatividade, daí suas sucessivas transformações em animal e depois em grão de trigo. Porém, como tem o conhecimento perfeito, não pode morrer realmente: agora participa da divindade de Cerridwen. Por isso. Cerridwen o ingere na forma de grão de trigo. Não podia fazer outra coisa do que absorvê-lo, igual ao sacerdote católico que tem que limpar o cálice absorvendo até os menores pedaços de hóstia que tenham restado. Pois. se a divindade é esquartejada, perde seu poder. Não pode ficar dispersa, como nos indica todas as lendas de Deuses desmembrados que têm que ser reconstruídos para que o mundo recupere o equilíbrio anterior a catástrofe.
Quando Gwyon se apodera dos segredos de Cerridwen representados pelas três gotas. se produz uma catástrofe comparável ao do nascimento. A partir desse momento, aparece a necessidade de reconstruir a unidade perdida, a necessidade de voltar atrás, até a mãe, e dessa forma se produzirá tini "novo nascimento". No caso de Gwyon Bach, que não pertence a casta dos mortais, não morre, fecunda a própria mãe e renasce pela segunda vez sob o aspecto de Taliesin, o bardo que conhece os segredos do mundo e da divindade.
A imagem da narração é clara: no final. Gwyon Bach é engolido por Cerridwen, ou seja. descreve um ato sexual (com simbólica fecundação oral).
Gwyon volta para o seio da mãe para um novo amadurecimento, c quando renasce, é Taliesin. Cerridwen havia dado nova vida àquele que havia engolido, àquele que é ao mesmo tempo filho e amante.
Essa é a metamorfose mais brilhante que a mulher faz o homem experimentar quando o ama_ pois o ato de amor pode causar um novo nascimento. E, o ato de amor, também está vinculado a morte. O orgasmo masculino, todos os estudos médicos sobre esse ponto estão de acordo, submete o indivíduo a um estado próximo da morte. F: uma pequena fração de segundo que o homem se "desconecta do real", depois do qual, já não tem mais razão de existir, pois já transmitiu seu sêmen e esse pode dar nascimento a um ser novo. "A expulsão dos produtos sexuais no ato genital", disse Freud, "corresponde quase a separação do soma e do germe; por isso a satisfação sexual total se assemelha a morte."
Porém, essa "pequena morte" não é para o ser humano, pois o orgasmo. por mais completo que seja. não chega a satisfação total. O desejo nunca é totalmente satisfeito, que é a condição de seu renascimento. Sendo a vida um perpétuo impulso, está no desejo a sua motivação mais profunda.
Daí surge a imagem de Cerridwen, a bruxa que nutre seu amante. para dar nascimento ao seu filho e continuidade à humanidade. Taliesin é mais do que o renascimento da semente plantada por Gwyon Bach. E Cerridwen que se apresenta com _características de temível e tirânica, é a Senhora que o domina.
Essa narração, embora seja da época cristã, é baseada na crença de que o homem nada tem a ver com o fenômeno do parto, que é função específica da mulher. 0 homem não é considerado pai dos filhos no sentido
que nós damos a esse termo, pois ignora-se a paternidade fisiológica e o pai resulta completamente alheio ao
nascimento dos filhos.
Essa crença arcaica é característica de uma sociedade que temos a tendência de a considerar como primitiva no sentido pejorativo da palavra. Mas, na verdade, representa uni estágio de civilização não necessariamente pior do que o estágio paternalista da civilização romana, ou o nosso estágio híbrido. Na sociedade matrilinear, o pai não desfruta de nenhum privilégio em relação aos filhos. e não tem portanto, direito ao seu afeto, tendo a necessidade de fazer tudo para ganhá-los. Por outro lado, não tendo as responsabilidades financeiras que envolvem uma família, se sente mais livre para deixar que seus instintos paternais se desenvolvam.
Assim, a sociedade paternalista, insistindo sobre o papel biológico do pai, reforça todas as fontes de conflitos de natureza edípica, e destrói o equilíbrio dos instintos fundamentais que persiste na sociedade matrilinear, posto que a relação, para o pai, só pode ser uma relação desinteressada, isenta de toda autoridade. Além disso, são as sociedades paternalistas que consideram a mulher como uma máquina de prazer ou de procriação e ainda insistem sobre a sacrossanta virgindade das jovens.
Como podemos ainda, constatar na lenda de Cerridwen, mudar a própria forma é algo que todas as Deusas Celtas podem fazer. Mas nós seres humanos também não mudamos? Todos os dias ao levantarmos, tomarmos banho e nos vestirmos, podemos estar vestindo muitas faces, dependendo da situação.
A transmutação de forma é marketing para se alcançar resultados máximos.
As Deusas e Deuses Celtas estão ligados a vários animais e aos Elementos. Ao transmutar-se e tornar-se Uno com um animal, a Deusa ou Deus galha mais poder.
Nós, como as divindades, podemos mudar de forma para amimais poderosos e de grande auxílio. Você pode se transformar em um tigre em uma reunião de vendas, acho que será de grande ajuda.
Ao nos tornarmos todas as coisas e mergulharmos na unidade, poderemos entrar em contato com a nossa verdadeira natureza.
Cabe também acrescentar que. Cerridwen vivia ao lado do lago e era encarregada do caldeirão do renascimento. Morgana era a Senhora do Lago que leva Artur de barco à um local nas proximidades de ,Avalon, com intuito de curar suas feridas.
Cerridwen chega em nossas vidas anunciando um tempo de morte e renascimento. Quando algo está para morrer, devemos permitir que se vá para que algo novo possa nascer. Não devemos encarar a morte como um fin. mas um renascimento A nossa presença aqui é tão pungente! A pequena faixa de claridade que chamamos nossa vida está suspensa na escuridão de dois desconhecidos. Há a escuridão do desconhecido, na nossa origem. Emergimos subitamente desse desconhecido e inicia-se a faixa de claridade denominada vida Depois, há a escuridão do fim. quando desaparecemos mais uma vez de volta ao desconhecido.
Talvez você tenha chegado ao final de um ciclo, de um relacionamento, de um emprego e esteja com medo de deixá-los ir embora. Ou até sente que está morrendo, quando apenas urna parte de você tem de dar lugar ao novo. Mas saiba, que no lado inferior da vida, sempre existirá a morte. Se viver a sua vida ao máximo. não terá medo da morte e do que ela significa, pois ela pode tornar-se o momento de libertação mais profundo de sua natureza. Quando aprender a abrir mão de certas coisas, aprenderá a morrer espiritualmente de pequenas formas durante a vida. Imagine esse ato de abrir mão, multiplicado mil vezes no momento da morte. Essa liberação pode proporcionar uma vinculação divina completamente nova. Os místicos sempre reconheceram que para se aprofundar na presença divina do íntimo, é necessário exercitar o desprendimento. Quando começamos a nos deixar levar, é espantoso como a nossa vida enriquece. As coisas falsas as quais nos agarramos desesperadamente se afastarão, dando espaço para que somente o verdadeiro se aprofunde dentro de nós.
A totalidade só é conquistada no momento que dissermos sim e dançarmos com a morte e o renascimento Cerridwen diz a você que sempre receberá de volta o que der a ela, portanto entregue-se e renascerá.
 
CAILLEACH (KAILÁ) A SENHORA DA NOITE.
Essa deusa era uma das mais antigas reverenciadas pelos celtas. Dizia-se que era a Senhora da Noite pois ela trazia o inverno e a geada. Seu aspecto também era um pouco sombrio.
Tanto que na Idade Média foi descrita como a Rainha Negra ouVelha Bruxa. Seu nome acabou sendo sinônimo de mulher velha.
Teve outros nomes conforme as épocas foram passando. Na Irlanda, por exemplo, chamavam-na de Caly Berry. Na Bretanha, de Black Annis. No País de Gales, de Digue.
Na Escócia, ela aparecia com um bastão negro capaz de separar as montanhas, mudar a paisagem, prever o crescimento das ervas e comandar o tempo.
Cailleach regia o Céu e a Terra, o Sol e a Lua, o Tempo e as Estações. Pela lenda, dizia-se que carregava no seu avental pedras que iam caindo por onde passava. As montanhas teriam sido criadas a partir dessas pedras de Cailleach. Acabou ganhando o nome de Mulher de Pedra.
Não existem registros sobre esta deusa. Apenas lendas antigas em lugares que acabaram levando seu nome. E por isso acredita-se até que sua devoção venha de um período pré-celta. Provavelmente de origem indiana tendo sido trazida pelos colonizadores das Ilhas Britânicas.
Mesmo sendo caracterizada como uma fada do mal, Cailleach traz o aspecto de anciã que lhe confere sabedoria.
Ela é guardiã do Portal que leva à parte escura do ano, o inverno. Uma Deusa da Transformação e guardiã da semente, que durante esta estação conserva dentro de si a força essencial da vida.

Deusa Cailleach
Cailleach fala: Meus ossos são frios, meu sangue é ralo.
Eu busco o que é meu. O busco o que ainda não foi semeado. Eu busco os animais para cavernas quentes e mando meus pássaros para o sul. Eu ponho meus ursos para dormir e mudo o pelo de meus gatos e cães para algo mais quente. Meus lobos me guiam, seu uivo anuncia minha chegada. Os cães, lobos e raposas cantam a canção da noite, a serenata da Anciã, a minha canção.
Eu disse sim à vida e agora digo sim à Morte. E serei a primeira a ir para o outro lado.
Eu trago o frio e a morte, sim, pois este é meu legado. Eu trouxe a colheita e se você não colheu suas maçãs eu as cobrirei de gelo. Após o Samhain, tudo o que fica nos campos me pertence.
Cailleach é a própria terra. Ela é as rochas cobertas de musgo e o pico das montanhas. Ela é a terra coberta de gelo e neve. Ela é a mais antiga ancestral, velada pela passagem do tempo. Ela é a Deusa da Morte, que deixa morrer tudo o que não é mais necessário. Mas é também quem encontra as sementes da próxima estação. Ela é a guardiã da semente, a protetora da força vital essencial ao ressurgimento da vida após o inverno. Ela guarda a própria essência do poder da vida. Ela é o poder essencial da Terra. Nos mitos Celtas representa a Soberania sobre a terra e um rei só podia reinar após realizar o casamento sagrado com Ela, que representa o Espírito da terra.
Cailleach é uma das maiores e mais antigas Deusas da humanidade, uma Deusa Anciã, principalmente na Galiza onde algumas teses apontam a raiz no etnónimo Callaici, nome de uma tribo céltica que vivia na região onde mais tarde surgiu a povoação celto-romana de Cale - Cale está na base do nome e fundação de Portugal, enquanto os Gallaici deram o nome a toda a região do Douro para cima, Galiza incluída.
Cailleach rege o céu, a terra, o Sol e a Lua, o tempo e as estações. Ela criava as montanhas com as pedras que carregava em seu avental, mas também trazia aos homens as doenças, a velhice e a morte. Ela é também um espírito protetor dos rios e lagos, garantindo que eles não secariam. Ela controla os meses de inverno, trazendo o frio, as chuvas e a neve. Mas um de seus principais títulos é Rainha da Tempestade, pois com seu cajado trazia e controlava as tempestades, particularmente as nevascas e furacões.
Cailleach é a guardiã do portal que leva à parte escura do ano, iniciada no Samhain e é invocada nos rituais de morte e transformação. Nos mitos da troca de poder entre deusas, ela recebe o bastão branco dos meses de luz e o torna negro para os meses de trevas, devolvendo-o à Bright no Imbolc. Em alguns mitos diz-se que Ela retorna à terra no Imbolc, tornando-se pedra para acordar somente no próximo Samhain.
Apesar de ser considerada uma Deusa Anciã, ela é quase sempre representada com um rosto jovem, mostra de seu poder de se rejuvenescer constantemente. Esta deusa possui um aspecto de protetora dos animais selvagens contra caçadores, principalmente o cervo e o lobo, assegurando bandos saudáveis. Há um mito antigo que conta que os caçadores oravam a Cailleach para saber onde encontrar os cervos e quantos matar. Ela os guiava para a aqueles que podiam ser mortos, desobedecê-la trazia sua fúria, em forma de ataques de alcateias para a vila dos desobedientes.
Esta deusa também possui um aspecto regedora da saúde/ enfermidade, sendo aquela a quem as mães pediam que curasse seus filhos das doenças do inverno. O Gato é um de seus animais sagrados. Em algumas lendas ela toma a forma de gato para testar o caráter das pessoas. Em sua forma humana, ela costumava ir de casa em casa no inverno pedindo abrigo e comida. Os que a acolhiam contavam com sua eterna bênção e proteção e os outros eram amaldiçoados e não atravessam o inverno incólumes. São também sagrados para ela o corvo e a gralha.
Ela carrega um caldeirão em uma das mãos e um cajado na outra. Seu cajado ou bastão lhe conferia o poder sobre o tempo, associada também a crua honestidade e à verdade.
Outro mito folclórico é de aparecer como uma mulher velha que pede ao herói que durma com ela, se o herói concorda em dormir com ela, ela se transforma em uma linda donzela.
O Livro de Lecam (cerca de 1400 E.C.) alega que Cailleach Beara era a Deusa da qual se originaram os povos da região de Kerry. Na Escócia ela representa a personificação do inverno, nasce velha no Samhain e fica cada vez mais jovem até tornar-se uma linda Donzela no Beltane.
Tese de etimologia da palavra Cailleach:
(...)
a origem do termo Cale (que logo dará lugar à forma latinizada Gallaecia) parte da Deusa mãe dos celtas Cal-leach, pois, segundo ele, era costume romano nomear aos povos conquistados pelo denominação dos seus Deuses. Isto dá, para lembrar-nos, que o nascimento da Calécia/Gallaecia como entidade política, produziu-se após a batalha do Douro e a posterior conquista romana. Para este autor, os celtas do Douro, virão a ser os Cal-laic-us (Calaicos) ou filhos da Deusa mãe dos celtas Cal-leach, cuja referência se tem encontrado numa inscrição na forma de Calaic-ia no lugar de Sobreira, perto do Porto.
Uma outra analise do radical Cale no âmbito das línguas célticas: Palomar Lapesa (1957) e Alberto Firmat (1966), liga este com o significado de «pedra», «rochedo», «duro», cuja expressão se adequa com rigor às características geológicas e graníticas da cidade, nomeadamente do morro da Sé.
Para Higino Martins (1990) o vocábulo pré-indo-europeu Kala, definido como «abrigo», «refúgio», passou à língua celta sob a forma Cale e com significação de «terra», «montanha». Para ele, o etónimo Calaico/a viria então a denominar ao «da terra», ao «do lugar».
 
MORRIGHAN

Morrighan é a Deusa celta da guerra, da vingança, da morte, do renascimento, do destino, da mudança e da justiça. É a protetora de todas as sacerdotistas e a que impulsiona os guerreiros para suas vitórias ou derrotas.
Há evidências arqueológicas do culto a Morrighan desde a Era do Cobre nas regiões da Espanha, da França, de Portugal, da Inglaterra e da Irlanda. Inúmeras esculturas de uma mulher com uma cabeça de corvo, gralha ou falcão foram encontradas em sítios arqueológicos dessas regiões, e o corvo é um animal sagrado de Morrighan por excelência. Essas imagens mostram uma distinta associação com a guerra e indicam uma direta função de guerreiras, mostrando associações com a proteção, fertilidade e personificação da Terra como Deusa da Soberania. Ela uma Deusa cultuada por toda a Europa sob diferentes nomes: foi chamada de Morrigan, Morgan, Morgana e Cathuboduwa. Provavelmente Morgan le Fay, considerada irmã do Rei Arthur nos mitos arthurianos, seja um dos inúmeros nomes pelo quais ela foi conhecida entre os galeses. Seu nome etimologicamente vem da combinação do gaélico mór, que significa "grande", e righan, que quer dizer "rainha", ou seja, Grande Rainha, o que indica que ela foi uma Deusa de muita importância entre os povos celtas.
Morrighan era tida como uma Deusa que fazia o transporte entre a vida e a morte, uma Deusa pássaro e uma Deusa do outro mundo. A função de Morrighan claramente não era uma só, mas muitas, o que nos faz acreditar que ela acabou sofrendo uma fusão com atributos de inúmeras Deusas celtas menores.
As Deusas irlandesas da guerra são muito interligadas umas com as outras e, como todas as Deusas celtas, Morrighan possui três aspectos distintos. Isso lhe conferiu o título de "As fúrias da Batalha", momento em que a Deusa aparecia com suas duas outras irmãs. Elas têm muitas características em comum, mas mostram uma função especial que as distingue uma da outra. Cada uma delas exerce uma particular magia ou poder sobrenatural. Ela é Badb, o corvo da batalha, aquela que sobrevoa o campo da batalha. É ela que canta a morte dos bravos guerreiros. É ela que leva a alma ao caldeirão do renascimento. Muitas vezes este aspecto de Morrigu é visto como uma donzela.
Filha de Aedh o Vermelho e Ernmas (druida feminina). E suas irmãs Fea a Odiosa, Nemhain, a Venenosa, Badb, A fúria, e Macha a Batalha. Morrighan é muitas vezes representada como a "Lavadeira do Vau", uma figura sombria de uma velha que lava roupas manchadas de sangue no vau dos rios. Um guerreiro que visse essa aparição antes de uma batalha sabia que tinha chegado a sua hora. Nesse aspecto Morrighan coloca a fúria no coração dos guerreiros e também governa o exército do sacerdócio. Ela inspira seu conhecimento e sabedoria para todos os que ousam desafiá-la e estão prontos para aprender.
Não existem muitas histórias sobre a origem de Morrighan. Alguns historiadores dizem que ela era conhecida como Moirah quando os Dannans desembarcaram na Irlanda. Era vista como uma Deusa donzela, que tinha suas próprias opiniões, que se apaixonou pelo jovem Dagda. Ela engravidou, mas como as águas do rio estavam sob os domínios dos Fomorianos, ao finalmente dar á luz seu filho Mechi nasceu com três cabeças e desformado. Os druidas o sacrificaram para preservar seu povo, pois o recém-nascido seria o futuro rei e segundo a lei céltica um rei deformado ou mutilado não poderia governar. Com isso Moirah foi esconder-se na floresta. Ela permaneceu escondida durante muitos anos até que um dia surgiu usando uma capa com penas de corvos, duas espadas e com a habilidade de mudar de forma, Era uma grande guerreira habilidosa e nenhum homem ousava opor-se a Moirah, agora a conhecida por um novo nome, Morrighan.
Alguns historiadores alegam que a união de Dagda e Morrighan ocorreu em Samhain, antes da batalha que conduziu os Tuatha de Dannan à vitória contra os Fomorianos, que os dominavam. Quando Morrighan se uniu sexualmente com Dagda, o líder dos Tuatha, isso representou a união do Rei com a Terra, pois só dessa forma seria possível se fortalecer para vencer. Qualquer homem que quisesse obter sua ajuda deveria ter relações sexuais com ela primeiramente e deveria ser feito com soberania e se ele recusasse este avanço jamais seria digno de governar a Terra.
Lugh também foi considerado um dos consortes de Morrighan. Ela aparecia com frequentemente nos mitos, na forma de corvo, sobrevoando Lugh e lhe dirigindo incentivos de força e segurança para que lutasse bravamente conta os Fomorianos. Ela tentou seduzir Cuchulain e quando ele a desprezou Morrighan passou a persegui-lo de várias formas; finalmente, ao conseguir matá-lo ela apareceu em seus ombros como um maldoso corvo.
A fertilidade, soberania e guerra têm tudo a ver com a proteção e a prosperidade da Terra e estão fortemente ligadas aos antigos ritos da fertilidade e do Grande Rito entre a Sacerdotista e o Rei. Morrigu personifica a Terra, sua soberania e fertilidade, e a guerra surge da necessidade de defendê-la.
Ela aparece frequentemente associada às Bansidhe ou na forma de uma delas. As Bansidhe são seres míticos dos povos celtas que se aproximavam dos seres humanos para avisar a morte iminente de pessoas queridas com seus gritos e choros através das noites. Elas eram descritas como mulheres vestidas de verde, com os pés vermelhos, uma narina e um dente. Tinham longos seios caídos, e dizia-se que aqueles que conseguissem mamar em um deles teriam seus desejos concedidos por elas se pudessem responder às três questões que fizessem. Isso simboliza que o mesmo que traz a morte é o poder que nutre, gera e sustenta a vida.
O corvo aparece freqüentemente associado à Morrighan, e ela inclusive pode assumir a forma física de um por meio de seus poderes mágicos. É interessante perceber que o corvo não causa a morte de ninguém, mas come e transforma o corpo, assim como Morrighan. Ela não é a morte em si mesma, mas aquela que traz a morte e a transformação por meio dela, comendo e sendo comida.
Sendo uma Deusa do destino, da morte, do renascimento, da guerra, Morrighan assume o papel de uma Deusa Negra e por isso é cultuada nas sombras e em períodos de Lua Nova como todas as Deusas Negras, Morrighan é muito mal interpretada. Ela é aquela que traz conforto aos mortos e aos sobreviventes. Ajuda-nos em todos os momentos de mudanças seja pela morte de um membro familiar, seja pela perde de um emprego, pela perda em um acidente ou por qualquer tipo de perda. Pode ser invocada em exorcismos, já que está associada ao destino e o transporte da alma depois da morte, daí a associação céltica do corvo que conduz a alma dos mortos ao outro mundo. Os povos célticos acreditavam que quando vemos corvos, Morrighan está por perto. Muitos vêem isso como um sinal de morte, mas também pode ser interpretado como sinal de mudança e a necessidade de buscar força. Guerreiros não viam a presença dos corvos como um sinal de morte em seu aspecto de "Lavadeira do Vau". Ela pode ser a mais fiel amiga ou a mais terrível inimiga.
Morrighan é a personificação da própria Terra, por isso um de seus símbolos é o triângulo invertido, o símbolo deste elemento. Ela é a tripla origem do poder do nascimento, da vida e da morte e a força necessária para regenerar estes ciclos.
MORRIGHAN


Morrighan é a Deusa celta da guerra, da vingança, da morte, do renascimento, do destino, da mudança e da justiça. É a protetora de todas as sacerdotistas e a que impulsiona os guerreiros para suas vitórias ou derrotas.
Há evidências arqueológicas do culto a Morrighan desde a Era do Cobre nas regiões da Espanha, da França, de Portugal, da Inglaterra e da Irlanda. Inúmeras esculturas de uma mulher com uma cabeça de corvo, gralha ou falcão foram encontradas em sítios arqueológicos dessas regiões, e o corvo é um animal sagrado de Morrighan por excelência. Essas imagens mostram uma distinta associação com a guerra e indicam uma direta função de guerreiras, mostrando associações com a proteção, fertilidade e personificação da Terra como Deusa da Soberania. Ela uma Deusa cultuada por toda a Europa sob diferentes nomes: foi chamada de Morrigan, Morgan, Morgana e Cathuboduwa. Provavelmente Morgan le Fay, considerada irmã do Rei Arthur nos mitos arthurianos, seja um dos inúmeros nomes pelo quais ela foi conhecida entre os galeses. Seu nome etimologicamente vem da combinação do gaélico mór, que significa "grande", e righan, que quer dizer "rainha", ou seja, Grande Rainha, o que indica que ela foi uma Deusa de muita importância entre os povos celtas.
Morrighan era tida como uma Deusa que fazia o transporte entre a vida e a morte, uma Deusa pássaro e uma Deusa do outro mundo. A função de Morrighan claramente não era uma só, mas muitas, o que nos faz acreditar que ela acabou sofrendo uma fusão com atributos de inúmeras Deusas celtas menores. 
As Deusas irlandesas da guerra são muito interligadas umas com as outras e, como todas as Deusas celtas, Morrighan possui três aspectos distintos. Isso lhe conferiu o título de "As fúrias da Batalha", momento em que a Deusa aparecia com suas duas outras irmãs. Elas têm muitas características em comum, mas mostram uma função especial que as distingue uma da outra. Cada uma delas exerce uma particular magia ou poder sobrenatural. Ela é Badb, o corvo da batalha, aquela que sobrevoa o campo da batalha. É ela que canta a morte dos bravos guerreiros. É ela que leva a alma ao caldeirão do renascimento. Muitas vezes este aspecto de Morrigu é visto como uma donzela.
Filha de Aedh o Vermelho e Ernmas (druida feminina). E suas irmãs Fea a Odiosa, Nemhain, a Venenosa, Badb, A fúria, e Macha a Batalha. Morrighan é muitas vezes representada como a "Lavadeira do Vau", uma figura sombria de uma velha que lava roupas manchadas de sangue no vau dos rios. Um guerreiro que visse essa aparição antes de uma batalha sabia que tinha chegado a sua hora. Nesse aspecto Morrighan coloca a fúria no coração dos guerreiros e também governa o exército do sacerdócio. Ela inspira seu conhecimento e sabedoria para todos os que ousam desafiá-la e estão prontos para aprender. 
Não existem muitas histórias sobre a origem de Morrighan. Alguns historiadores dizem que ela era conhecida como Moirah quando os Dannans desembarcaram na Irlanda. Era vista como uma Deusa donzela, que tinha suas próprias opiniões, que se apaixonou pelo jovem Dagda. Ela engravidou, mas como as águas do rio estavam sob os domínios dos Fomorianos, ao finalmente dar á luz seu filho Mechi nasceu com três cabeças e desformado. Os druidas o sacrificaram para preservar seu povo, pois o recém-nascido seria o futuro rei e segundo a lei céltica um rei deformado ou mutilado não poderia governar. Com isso Moirah foi esconder-se na floresta. Ela permaneceu escondida durante muitos anos até que um dia surgiu usando uma capa com penas de corvos, duas espadas e com a habilidade de mudar de forma, Era uma grande guerreira habilidosa e nenhum homem ousava opor-se a Moirah, agora a conhecida por um novo nome, Morrighan.
Alguns historiadores alegam que a união de Dagda e Morrighan ocorreu em Samhain, antes da batalha que conduziu os Tuatha de Dannan à vitória contra os Fomorianos, que os dominavam. Quando Morrighan se uniu sexualmente com Dagda, o líder dos Tuatha, isso representou a união do Rei com a Terra, pois só dessa forma seria possível se fortalecer para vencer. Qualquer homem que quisesse obter sua ajuda deveria ter relações sexuais com ela primeiramente e deveria ser feito com soberania e se ele recusasse este avanço jamais seria digno de governar a Terra.
Lugh também foi considerado um dos consortes de Morrighan. Ela aparecia com frequentemente nos mitos, na forma de corvo, sobrevoando Lugh e lhe dirigindo incentivos de força e segurança para que lutasse bravamente conta os Fomorianos. Ela tentou seduzir Cuchulain e quando ele a desprezou Morrighan passou a persegui-lo de várias formas; finalmente, ao conseguir matá-lo ela apareceu em seus ombros como um maldoso corvo.
A fertilidade, soberania e guerra têm tudo a ver com a proteção e a prosperidade da Terra e estão fortemente ligadas aos antigos ritos da fertilidade e do Grande Rito entre a Sacerdotista e o Rei. Morrigu personifica a Terra, sua soberania e fertilidade, e a guerra surge da necessidade de defendê-la.
Ela aparece frequentemente associada às Bansidhe ou na forma de uma delas. As Bansidhe são seres míticos dos povos celtas que se aproximavam dos seres humanos para avisar a morte iminente de pessoas queridas com seus gritos e choros através das noites. Elas eram descritas como mulheres vestidas de verde, com os pés vermelhos, uma narina e um dente. Tinham longos seios caídos, e dizia-se que aqueles que conseguissem mamar em um deles teriam seus desejos concedidos por elas se pudessem responder às três questões que fizessem. Isso simboliza que o mesmo que traz a morte é o poder que nutre, gera e sustenta a vida.
O corvo aparece freqüentemente associado à Morrighan, e ela inclusive pode assumir a forma física de um por meio de seus poderes mágicos. É interessante perceber que o corvo não causa a morte de ninguém, mas come e transforma o corpo, assim como Morrighan. Ela não é a morte em si mesma, mas aquela que traz a morte e a transformação por meio dela, comendo e sendo comida.
Sendo uma Deusa do destino, da morte, do renascimento, da guerra, Morrighan assume o papel de uma Deusa Negra e por isso é cultuada nas sombras e em períodos de Lua Nova como todas as Deusas Negras, Morrighan é muito mal interpretada. Ela é aquela que traz conforto aos mortos e aos sobreviventes. Ajuda-nos em todos os momentos de mudanças seja pela morte de um membro familiar, seja pela perde de um emprego, pela perda em um acidente ou por qualquer tipo de perda. Pode ser invocada em exorcismos, já que está associada ao destino e o transporte da alma depois da morte, daí a associação céltica do corvo que conduz a alma dos mortos ao outro mundo. Os povos célticos acreditavam que quando vemos corvos, Morrighan está por perto. Muitos vêem isso como um sinal de morte, mas também pode ser interpretado como sinal de mudança e a necessidade de buscar força. Guerreiros não viam a presença dos corvos como um sinal de morte em seu aspecto de "Lavadeira do Vau". Ela pode ser a mais fiel amiga ou a mais terrível inimiga.
Morrighan é a personificação da própria Terra, por isso um de seus símbolos é o triângulo invertido, o símbolo deste elemento. Ela é a tripla origem do poder do nascimento, da vida e da morte e a força necessária para regenerar estes ciclos.
 
 
AINE RAINHA DAS FADAS

Aine era uma deusa fada celta que ajudava os viajantes perdidos. Ela é irmã gêmea de Grian, Deusa do Sol e a Rainha dos Elfos. Juntas Grian e Aine, alternavam-se como Deusas do Sol Crescente e Minguante da Roda do Ano, trocando de lugar a cada solstício. Suas festividades iniciam com solsticio de verão. Os pagãos acreditam que na entrada do Solstício de Verão, todos os Povos pequenos vêm a Terra em grande quantidade, pois é um período de equilíbrio entre Luz e Trevas.
Como feiticeira poderosa, seus símbolos mágicos são "A égua vermelha", plantações férteis, o gado e o ganso selvagem.
Segundo uma, entre tantas lendas, conta-se que estava Aine sentada nas margens do rio Camog, em Lough Gur, penteando seus longos cabelos loiros, quando Gerold, o Conde de Desmond, a viu... e sentindo-se fortemente atraído por ela, roubou-lhe o manto. Só o devolveu quando ela concordou em casar-se com ele. Desta união nasceu Earl Gerald, "O Mago". Após o nascimento do menino, impuseram ao Conde Desmond, um tabu que lhe negava expressar surpresa a qualquer coisa que o filho fizesse. Entretanto ele quebrou tal tabu, exclamando alto quando viu o filho entrando e saindo de um frasco. Gerald imediatamente transformou-se em um ganso selvagem e voou alto pelo rio Lough, em direção à ilha Garrod, encontrando repouso em seu castelo encantado. Raivosa com seu marido, pois ele tinha desrespeitado as regras estabelecidas, Aine dirigiu-se para colina de Knockaine, transformando-se em um cisne. Dizem que é lá que ainda reside em seu Castelo de Fadas. Já Gerald, vive abaixo das águas de um lago e acredita-se que um dia voltará para expulsar estrangeiros mal feitores da Irlanda.Outros dizem que de sete em sete anos ele emerge das águas como um fantasma montado em um cavalo branco. Há lendas que contam que Aine tinha o poder de se transformar tanto em um cisne branco quanto em uma égua vermelha de nome Lair Derg, e que ninguém conseguia alcançá-la. Se acreditava também, que na noite do Solstício de Verão, moças virgens, que pernoitassem na colina de Knocknaine, poderiam ver a Rainha das Fadas com toda a sua comitiva. O mundo das fadas só se tornava visível pelos portais mágicos, chamados anéis de fada, que eram indicados pela própria Aine.
AINE RAINHA DAS FADAS

Aine era uma deusa fada celta que ajudava os viajantes perdidos. Ela é irmã gêmea de Grian, Deusa do Sol e a Rainha dos Elfos. Juntas Grian e Aine, alternavam-se como Deusas do Sol Crescente e Minguante da Roda do Ano, trocando de lugar a cada solstício. Suas festividades iniciam com solsticio de verão. Os pagãos acreditam que na entrada do Solstício de Verão, todos os Povos pequenos vêm a Terra em grande quantidade, pois é um período de equilíbrio entre Luz e Trevas. 
Como feiticeira poderosa, seus símbolos mágicos são "A égua vermelha", plantações férteis, o gado e o ganso selvagem.
Segundo uma, entre tantas lendas, conta-se que estava Aine sentada nas margens do rio Camog, em Lough Gur, penteando seus longos cabelos loiros, quando Gerold, o Conde de Desmond, a viu e sentindo-se fortemente atraído por ela, roubou-lhe o manto. Só o devolveu quando ela concordou em casar-se com ele. Desta união nasceu Earl Gerald, "O Mago". Após o nascimento do menino, impuseram ao Conde Desmond, um tabu que lhe negava expressar surpresa a qualquer coisa que o filho fizesse. Entretanto ele quebrou tal tabu, exclamando alto quando viu o filho entrando e saindo de um frasco. Gerald imediatamente transformou-se em um ganso selvagem e voou alto pelo rio Lough, em direção à ilha Garrod, encontrando repouso em seu castelo encantado. Raivosa com seu marido, pois ele tinha desrespeitado as regras estabelecidas, Aine dirigiu-se para colina de Knockaine, transformando-se em um cisne. Dizem que é lá que ainda reside em seu Castelo de Fadas. Já Gerald, vive abaixo das águas de um lago e acredita-se que um dia voltará para expulsar estrangeiros mal feitores da Irlanda.Outros dizem que de sete em sete anos ele emerge das águas como um fantasma montado em um cavalo branco. Há lendas que contam que Aine tinha o poder de se transformar tanto em um cisne branco quanto em uma égua vermelha de nome Lair Derg, e que ninguém conseguia alcançá-la. Se acreditava também, que na noite do Solstício de Verão, moças virgens, que pernoitassem na colina de Knocknaine, poderiam ver a Rainha das Fadas com toda a sua comitiva. O mundo das fadas só se tornava visível pelos portais mágicos, chamados anéis de fada, que eram indicados pela própria Aine.
 
 
 
 
 
RHIANNON (Hri-um-não)
A grande Rainha. Deusa dos pássaros e cavalos. Dos encantos, fertilidade. A Deusa-cavalo galesa. Grande Deusa Branca eram alguns dos nomes originais de Rhiannon. É também conhecida como a deusa dos pássaros, dos encantamentos, da fertilidade e do submundo. Ela se identifica com a noite, a emoção, o sangue, a lua, o drama. Andava em um cavalo branco, vestida com um manto de penas de cisnes, sempre acompanhada por seus pássaros mágicos.
MITO DE RHIANNON
Rhiannon, por possuir rara beleza, tinha muitos pretendentes, incluindo Pwyll, um mortal, que era rei de Dyfed, assim como Gwalw, um deus de menor importância, filho de Clud. Gwalw, havia lhe proposto uma união, mas seu desejo foi casar-se com Pwyll. Ao ter conhecimento do desprezo de Rhiannon por Gwalw e sua união com P...wyll, seu pai lançou-lhe uma maldição, tornando-a estéril. Ela desgraçadamente não podia ser mãe. Os amigos de Pwyll tentaram então, a convencê-lo a tomar outra esposa, desde que Rhiannon era estéril e não poderia lhe dar um herdeiro. Mas o rei recusou, pois alegou amar sua esposa.
Rhiannon, desesperada, utiliza-se da magia para conseguir engravidar e deu a luz a um filho, o herdeiro para o rei. Mas pouco depois do nascimento, o menino é raptado. As donzelas responsáveis por cuidar dele, com medo de serem acusadas pelo seu desaparecimento, mataram alguns pássaros, esfregaram o sangue dos animais no rosto e nas vestes de Rhiannon, acusando-a de ter devorado o filho. Foi quando Pwyll estabeleceu um castigo para o seu alegado crime, transformou-a simbolicamente em um cavalo e deveria carregar todos os hóspedes do marido nas costas.
Decorridos sete anos, o deus Teyrnon encontrou um menino, que imediatamente reconheceu como filho de Pwyll e Rhiannon. Transportou-o de volta ao seio da família, que acabou por descobrir que o seqüestrador tinha sido Gwalw, que agira desta forma para vingar-se.
RHIANNON (Hri-um-não)
A grande Rainha. Deusa dos pássaros e cavalos. Dos encantos, fertilidade. A Deusa-cavalo galesa. Grande Deusa Branca eram alguns dos nomes originais de Rhiannon. É também conhecida como a deusa dos pássaros, dos encantamentos, da fertilidade e do submundo. Ela se identifica com a noite, a emoção, o sangue, a lua, o drama. Andava em um cavalo branco, vestida com um manto de penas de cisnes, sempre acompanhada por seus pássaros mágicos.
MITO DE RHIANNON
Rhiannon, por possuir rara beleza, tinha muitos pretendentes, incluindo Pwyll, um mortal, que era rei de Dyfed, assim como Gwalw, um deus de menor importância, filho de Clud. Gwalw, havia lhe proposto uma união, mas seu desejo foi casar-se com Pwyll. Ao ter conhecimento do desprezo de Rhiannon por Gwalw e sua união com Pwyll, seu pai lançou-lhe uma maldição, tornando-a estéril. Ela desgraçadamente não podia ser mãe. Os amigos de Pwyll tentaram então, a convencê-lo a tomar outra esposa, desde que Rhiannon era estéril e não poderia lhe dar um herdeiro. Mas o rei recusou, pois alegou amar sua esposa.
Rhiannon, desesperada, utiliza-se da magia para conseguir engravidar e deu a luz a um filho, o herdeiro para o rei. Mas pouco depois do nascimento, o menino é raptado. As donzelas responsáveis por cuidar dele, com medo de serem acusadas pelo seu desaparecimento, mataram alguns pássaros, esfregaram o sangue dos animais no rosto e nas vestes de Rhiannon, acusando-a de ter devorado o filho. Foi quando Pwyll estabeleceu um castigo para o seu alegado crime, transformou-a simbolicamente em um cavalo e deveria carregar todos os hóspedes do marido nas costas.
Decorridos sete anos, o deus Teyrnon encontrou um menino, que imediatamente reconheceu como filho de Pwyll e Rhiannon. Transportou-o de volta ao seio da família, que acabou por descobrir que o seqüestrador tinha sido Gwalw, que agira desta forma para vingar-se.
 

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